Neste ano, o servidor público tem poucos motivos para festejar o Dia do Servidor, comemorado nesta quinta-feira (28). Isso porque hoje o serviço público e os servidores estão ameaçados por conta da PEC 32, um projeto de reforma administrativa que, se aprovado, vai acabar com o serviço público no país.
O projeto tem grandes chances de entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados nos próximos dias. Mesmo após muita pressão de toda a categoria, que está mobilizada e realizando vários atos e manifestações contra a proposta.
Pressão essa que tem surtido efeito: o próprio governo já admitiu que, hoje, o projeto de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes não têm votos suficientes para ser aprovado. Um cenário que é resultado da ampla e massiva mobilização organizada pelas centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, e demais organizações de classe.
Por isso, é hora de aumentar a mobilização! Em todo o país, haverá atos públicos, assembleias, audiências, uma série de atividades para denunciar o desmonte do Estado, dos serviços públicos e do atendimento à população que ocorrerão se a PEC 32 for aprovada. Em São Paulo o ato ocorrerá na Praça da República, a partir das 16h.
Chantagem descarada
Durante entrevista coletiva no último domingo (24), o ministro da economia, Paulo Guedes, ao lado de Jair Bolsonaro (sem partido), disse que o governo poderá pagar R$ 400 – e não R$ 300 – no Auxílio Brasil apenas se o Congresso aprovar a reforma administrativa.
Uma chantagem mentirosa e descarada para tentar aumentar a pressão sobre os parlamentares e criar uma falsa oposição de interesses: de um lado, estaria a população que receberia o auxílio; de outro, servidores e servidoras.
O que Guedes, Bolsonaro e seus apoiadores não falam é que a reforma administrativa é um dos maiores ataques aos direitos da população. Acaba com concursos públicos, facilita a corrupção e o apadrinhamento, dificulta o acesso a serviços básicos.
Por tudo isso, nossa resposta tem que ser o aumento da mobilização e da pressão.
Chega de ataques à classe trabalhadora!
A PEC-32 é expressão do Estado a serviço dos ricos e poderosos. Por isso, a CSP-Conlutas defende uma outra estratégia para o país, uma saída socialista, que coloque o Estado a serviço do povo pobre e trabalhador.
Pelo fim da PEC 32! Fora Bolsonaro e Mourão!