O STPMJ presta sua homenagem e toda solidariedade aos familiares e amigos da professora Elizabete Tenreiro, 71 anos, que dava aula na Escola Estadual Thomázia Montoro, na capital, e foi cruelmente assassinada por um aluno de 13 anos, nesta segunda-feira (27). O estudante do 5º ano ainda feriu outras três professoras e um aluno antes de ser desarmado.
Um episódio triste e traumático que só foi o desfecho que uma tragédia anunciada. Afinal, a Secretaria de Estado da Educação já tinha conhecimento do comportamento violento do aluno e não tomou nenhuma providência mais incisiva para evitar uma tragédia.
Prova disso é que em um boletim de ocorrência registrado no dia 28 de fevereiro, pela escola José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, o aluno é descrito como uma pessoa de perfil agressivo, que vinha apresentando comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores e simulando ataques violentos.
Segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo, ele chegou a mandar mensagens e fotos de armas para alunos no whattsapp, o que deixou os pais amedrontados e motivou a transferência do aluno para outra escola. Onde, dias depois, cometeria o crime.
Além disso, mais uma prova da negligência do Estado é que o ataque ocorre dias após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ter suspendido o programa “Psicólogos na Escola”, em 25 de fevereiro. Um programa que não podia ter acabado. Mas que deveria, sim, ter sido ampliado com atendimentos presenciais em todas as escolas.
Afinal, está comprovado que, com a pandemia, a saúde mental das crianças e adolescentes se deteriorou. E, por isso, o acompanhamento dos estudantes deveria ser medida prioritária. Não só para combater déficit na aprendizagem, como também para identificar casos mais graves e evitar tragédias.
Nesse momento de profunda dor e consternação, o STPMJ renova o compromisso de manter a luta constante e intransigente pela valorização dos professores, tão indispensáveis para um futuro melhor para o país, e em defesa da vida.
Exigimos que as escolas voltem a ser um ambiente de trabalho seguro para todos!
Por uma educação pública libertadora, plural e de qualidade para toda a população!
Professora Elisabete, presente!
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal