Desde março, 239 servidores municipais de Jacareí foram afastados do trabalho por contaminação ou suspeita de COVID-19.
Deste total, 130 casos foram confirmados, com uma morte registrada em agosto, do auxiliar de enfermagem Eliomar Mazinho, que trabalhava no Caps AD III. Outros 62 testaram negativo e quatro ainda aguardam resultados. Os 43 restantes nem chegaram a fazer teste ou tiveram resultado inconclusivo.
Os números constam de um relatório enviado pela Prefeitura de Jacareí, em resposta a uma solicitação do Sindicato. O número mais que dobrou desde o último levantamento encaminhado pela prefeitura, em julho, que apontava 116 servidores afastados.
O relatório mostra ainda a Saúde é disparada a secretaria onde os servidores mais adoeceram, 97 no total, seguido pela educação, com 31 trabalhadores afastados. Mas há servidores de todas as demais secretarias.
ORIENTAÇÃO É REGISTRAR CAT
A orientação do Sindicato é que todos os trabalhadores que tiveram a doença confirmada registrem a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
Trabalhadores infectados pelo coronavírus têm o direto de abrir CAT como forma de resguardar seus direitos e garantir benefícios como auxílio doença e afastamento.
Esse direito está previsto em decisão de abril do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite o enquadramento da covid-19 como doença ocupacional.
A abertura da CAT pode ser reivindicada por qualquer pessoa que esteja exposta ao contágio do vírus dentro do local de trabalho. Principalmente os profissionais da Saúde.
O documento é importante porque garantirá o recebimento do auxílio adequado ao trabalhador. Além disso, resguarda o servidor em caso de alguma sequela que possa surgir, no futuro. Afinal, nem a ciência sabe ainda, ao certo, os efeitos da doença no organismo.
“Registrar a CAT é importantíssimo e um direito do trabalhador. Se alguém tiver dificuldades ou receber uma recusa da Prefeitura, procure o Sindicato para que possamos tomar providências”, disse a presidente do STPMJ, Sueli Cruz.