O Brasil despencou cinco posições no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro.
O país, que estava na 79ª colocação, caiu para a 84ª, entre 189 nações avaliadas. Os dados foram divulgados no início da semana.
Criado pela ONU, em 1990, o IDH mede o grau de desenvolvimento de um país nos quesitos educação, saúde e renda.
Na América Latina, o Brasil está atrás de Chile, Argentina, Uruguai, Cuba, México, Peru e Colômbia. O país está à frente de Equador, Paraguai, Bolívia e Venezuela.
APROFUNDOU DESIGUALDADES
Segundo relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o crescimento lento do Brasil no IDH reflete especialmente desigualdades de gênero e de renda.
No quesito desigualdade de renda, por exemplo, os dados revelam que, em 2019, a renda dos 40% mais pobres no país caiu 0,2%. No mesmo período, a renda dos 10% mais ricos aumentou 0,6%, totalizando mais de 42% da renda nacional.
Essa alta concentração de riquezas nas mãos de poucos está literalmente corroendo o desenvolvimento humano do país, fazendo com que o brasileiro estude menos, ganhe menores salários e tenha uma expectativa de vida menor.
A nova posição no ranking leva em consideração somente dados obtidos em 2019. O que significa que os reflexos da pandemia de covid-19 ainda não estão registrados e podem deixar o país em situação ainda pior, no futuro.
A ONU estima uma redução no IDH de todos os países devido à grave crise sanitária que assola o mundo.
“Os dados não causam nenhum espanto porque apenas refletem o que os mais pobres já sabem: que a vida piorou muito desde o início deste governo genocida. E, com a pandemia, os ataques aumentaram ainda mais. Tá na hora de a classe trabalhadora reagir. Chega! Fora Bolsonaro e Mourão”, disse a presidente do STPMJ, Sueli Cruz.