O STPMJ foi surpreendido, no final da tarde desta quarta-feira (3), com o recebimento de um ofício assinado pelo presidente da Câmara Municipal de Jacareí, o vereador Abner Rodrigues de Moraes Rosa (PSDB), comunicando uma nova regra: as manifestações de servidores no plenário só serão permitidas desde que:
1) os manifestantes se conservem em silêncio;
2) não manifestem apoio ou reprovação ao que se passa no plenário;
3) e não interpele os vereadores, entre outros absurdos.
Ou seja, em conluio com o prefeito Izaías Santana (PSDB), os vereadores finalmente mostram de que lado estão e decidem decretar a LEI DA MORDAÇA na Câmara, num claro objetivo de sufocar o protesto dos trabalhadores públicos municipais que apenas estão em luta por melhores salários.
O ofício enviado chega ainda a citar ainda que a “inobservância desses deveres” pode fazer com que as pessoas sejam retiradas do recinto. Seria essa uma ameaça de uso da força contra trabalhadores, senhor presidente?
Em outro trecho, mais truculência. O documento diz que “caso seja cometida qualquer infração penal, o Presidente tomará as medidas legais cabíveis.”
Infração penal, senhor presidente? Está achando que está falando com bandidos?
Pois saiba que, do lado de cá, só tem TRABALHADORES MUNICIPAIS travando uma luta LEGÍTIMA, por melhores salários e direitos.
Se não bastasse tantos absurdos, a cereja do bolo: a Câmara também VETOU o uso da tribuna, que foi previamente solicitado pela presidente do Sindicato, Sueli Cruz. Um direito que é garantido a qualquer cidadão.
“Estamos vendo a verdadeira cara dos vereadores que, até então, fingiam ser amigos dos servidores. Mas agora, para agradar ao prefeito, ameaçam agir com truculência contra os trabalhadores. Pois saibam que tanto esforço para calar a voz dos servidores, só nos deu mais força. Vai ter manifestação por reajuste salarial digno, sim!”, disse a presidente do Sindicato.
Nesta quinta (4), todos à Câmara! É hora de mostrar aos vereadores da cidade toda nossa força e união. Juntos somos mais fortes!
Confira, abaixo, a íntegra do absurdo ofício:
