O STPMJ está cobrando que a Prefeitura de Jacareí libere os servidores na hora dos jogos da seleção, na Copa Feminina de futebol. No entanto, até essa sexta-feira (21), nenhuma decisão foi tomada. O primeiro jogo da seleção será na próxima segunda-feira (24), às 8h.
Para o Sindicato, essa é uma importante medida de igualdade de gênero, já que a mesma liberação é vista com muita naturalidade nos jogos da Copa da seleção masculina de futebol.
Afinal, o fato de a administração ter se antecipado na liberação dos servidores para a Copa masculina e simplesmente estar agora ignorando a feminina, só evidencia o machismo estrutural da sociedade que buscamos combater.
O Sindicato vai liberar suas funcionárias para acompanhar os jogos.
Exigimos isonomia de tratamento. Machismo, não! Libera os servidores, já!
MACHISMO NO FUTEBOL
A postura da Prefeitura de Jacareí é apenas um reflexo do país, que é extremamente machista e, como não poderia ser diferente, o futebol é um bom exemplo disso. Para se ter uma ideia, o futebol feminino era proibido no Brasil até 1979.
Em 1983, houve a primeira regulamentação do esporte, mas com limitações absurdas como, por exemplo, a proibição de cobrança de ingressos. Ou seja, enquanto o país se orgulhava de Zico, Sócrates e Falcão, as mulheres eram impedidas oficialmente de desenvolver um mercado próprio.
Hoje, já vemos alguns avanços. Mas ainda muito longe de igualar com o futebol masculino.
Marta, a principal jogadora da equipe brasileira, já ganhou inúmeros prêmios e foi considerada a melhor jogadora do mundo por seis vezes, segundo a FIFA, sendo cinco vezes de forma consecutiva. Um recorde absoluto entre homens e mulheres.
Em 2015 ela se tornou a maior artilheira da seleção brasileira, com 117 gols, e superou Pelé, com seus 95 gols marcados com a camisa da seleção.